RESUMO: HISTÓRIA DO SUS
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ANTES DO SUS (modelo Bismarckiano)
- CAPs / IAPs = centros e institutos de aposentadoria e pensão.
- Pós-Vargas
- Construção de hospitais para cada classe de trabalhador.
- INPS
- Era Militar: todos os institutos unificados / centralização.
- Dinheiro gasto em outras obras: ponte Rio-Niteroi, transamazônica, Itaipu.
- Sucateamento dos hospitais existentes.
- Dinheiro público misturado com privado.
- Acabou dinheiro para a previdência, pessoas não conseguiam se aposentar.
- INAMPS
- Mudou apenas o nome, a princípio.
- Exames e procedimentos limitados a um número = corrupção e desvio de dinheiro com códigos falsos de procedimentos.
OS PROBLEMAS
- Acesso restrito.
- Ênfase na cura.
- Ministério da Saúde era apenas responsável por prevenção: saneamento e vacinação.
- Ministério da Previdência: manejava todos os hospitais e ações curativas.
- Medicina Ditatorial: sem autonomia dos pacientes.
AS REFORMAS / DISCUSSÕES
- REFORMA SANITÁRIA
- Plano CONASP: concentrar nos municípios, controle regionalizado.
- AIS: atenção integrada à saúde – município geriria os recursos enviados pela federação.
- VIII CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE (1986)
- “Saúde é um direito de todos e um dever do Estado”.
- SUDS – “descentralizado” – 1987.
- Constituição 1988: cria o Sistema Único de Saúde.
- Soluções propostas
- Universalização.
- Integridade.
- Equidade.
- Descentralização.
- Regionalização / hierarquização.
- Participação social.
PRINCÍPIOS DO SUS
- ÉTICOS / DOUTRINÁRIOS
- Universalização = acesso a TODOS os cidadãos.
- Integralidade = prevenção, cura e reabilitação.
- Equidade = tratamento desigual para os desiguais (prioridade aos que precisam mais).
- ORGANIZACIONAIS / OPERATIVOS
- Descentralização = divisão de poderes.
- Regionalização = municipalização.
- Hierarquização = posto / hospital / diálise (níveis de atenção).
- Participação social = Conselhos e Conferências de Saúde.
- Resolubilidade = capacidade de resolver os problemas em cada nível, de forma integral.
- Complementariedade = contratar o privado se necessário, com ênfase nas instituições filantrópicas ou privadas sem fins lucrativos (ou pagar apenas o procedimento, sem subsidiar lucros).
- VÍDEO SOBRE OS PRINCÍPIOS DO SUS
A EVOLUÇÃO DO SUS (modelo Beveridgiano)
- LEI 8.080 (Funcionamento do SUS – LOAS)
- Descreve o papel de cada gestor do SUS em cada esfera estratégica.
- “Cabe à direção:”
- Nacional: DEFINIR políticas.
- Estadual: COORDENADOR políticas.
- Municipal: EXECUTAR políticas.
- Nacional pode executar? Sim! Vigilância de portos, aeroportos, fronteiras ou em situações especiais / inusitadas (p.e. ANVISA).
- Setor privado: pode atuar de forma livre e complementar.
- Dois artigos vetados por Collor: participação popular e alocação de recursos.
- LEI 8.142 (Gastos e Participação Popular)
- Transferência regular e automática de recursos.
- Conselhos e Conferências.
- 50% usuários.
- 50% profissionais da saúde / prestadores de serviço / representantes do Governo.
- CONSELHOS E CONFERÊNCIAS
- Conselhos
- Reunião mensal.
- Controlam gastos e a execução da saúde.
- Poder permanente e deliberativo (sem interferência do legislativo).
- Conferências
- Reunião de 4 em 4 anos.
- Convocadas pelo Executivo ou pelos Conselhos.
- Avaliam e criam Diretrizes da Política de Saúde.
- Conselhos
- NOB 91
- Centraliza a gestão no nível federal (???).
- Municípios de comportam como prestadores de serviço (???).
- Recebimento conforme a produção (???).
- LEI SEM NOÇÃO.
- Feita para ganhar tempo na transição.
- NOB 92
- Sem importância.
- IMPEACHMENT DO COLLOR
- Cortes de até 90% nos repasses.
- Reemergência de doenças.
- Caos na saúde nacional.
- NOB 93
- Municipalização = municípios viram gestores para contornar o caos.
- Optaram entre gestão incipiente, parcial e semiplena.
- Transferência regular e automática
- Cálculo baseado no número de habitantes.
- Comissões Intergestores
- Bipartite: estados e municípios (COSEMS).
- Tripartite: Ministério da Saúde, estados (CONASS) e municípios (CONASEMS).
- Ministério da Saúde + NAs.
- NOB 96
- Poder Pleno do Município
- Gestão Plena da Atenção Básica
- Atenção Básica.
- Gestão Plena do Sistema Municipal
- Atenção Básica, Media e Alta Complexidade.
- Gestão Plena da Atenção Básica
- Piso da Atenção Básica (PAB)
- Fixo / Variável.
- Saúde da escola, do adolescente, bucal, família, NASF, PMAQ, academias de saúde, consultórios de rua, atenção domiciliar, equipe multidisciplinar de apoio.
- Fixo / Variável.
- Poder Pleno do Município
- NOAS 2001 / 2002
- Equidade nos recursos e no acesso à saúde.
- Regionalização organizada
- Acesso à saúde o mais próximo da residência.
- Região de saúde: aglomerado de municípios que tem uma identidade territorial, geográfica, cultural, muito próxima => unidade funcional da saúde.
- Município referencia recebe dinheiro para prover média complexidade a toda a região.
- Ampliação da Atenção Ambulatorial
- PAB ampliado
- Observação na urgência.
- Atendimento domiciliar (médico / enfermeiro).
- Cirurgias ambulatoriais.
- ECG, teste imunológico de gravidez.
- PAB ampliado
- PACTO DE SAÚDE 2006
- Pacto em Defesa
- Social / $$$.
- Pacto em Gestão
- Esferas / reafirmar papel dos gestores.
- Pacto pela Vida
- Saúde do idoso.
- Câncer de mama e colo uterino.
- Mortalidade infantil e materna.
- Doenças emergentes e endemias (dengue, lepra, tuberculose, malária e influenza).
- Promoção à saúde (qualidade de vida).
- Atenção básica (PSF / ESF).
- Pacto em Defesa
- PRIORIDADES PELA VIDA (importante)
- Pacto pela Vida de 2009.
- Saúde Mental (CAPS).
- Saúde do Homem.
- Saúde do Trabalhador.
- Pessoas com deficiência.
- Pessoas em risco de violência.
- Hepatite e AIDS.
- Saúde Oral (bucal).
- PRINCÍPIOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA (Bárbara Starfield)
- PRINCIPAIS
- Primeiro contato = porta de entrada (acessibilidade).
- Longitudinalidade = acompanhamento / vínculo.
- Integralidade = integral / completo.
- Coordenação = integração do cuidado.
- SECUNDÁRIOS
- Enfoque familiar = na família / genograma / três gerações e suas relações.
- Orientação comunitária = contato com a comunidade / conduta compartilhada.
- Competência cultural = facilitar a relação.
- PRINCIPAIS
- ATENÇÃO PRIMÁRIA
- Portarias 648/2006 e 2488/2011.
- Áreas estratégicas.
- As oito características:
- Princípios Principais.
- Reabilitação também faz parte do básico.
- Integral 40 horas semanais (médico pode 20h).
- Equipe multidisciplinar: um médico, um enfermeiro, um técnico de enfermagem e 4-6 agentes comunitários de saúde.
- Acolhimento / autonomia do paciente.
- Reorientação / substitutivo => centrado na pessoa.
- Elevada complexidade (atender de tudo) / baixa densidade (pouca estrutura).
- Adscrição de clientela / territorialização (ideal 3000 / máximo 4000 pessoas)
- Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)
- Não é porta de entrada.
- NASF 1: 5-9 ESF, com no mínimo 5 profissionais.
- NASF 2: 3-4 ESF, com no mínimo 3 profissionais.
- NASF 3: 1-2 ESF, com no mínimo 2 profissionais.
FINANCIAMENTO DO SUS
- Seguridade social financia a Saúde e a Previdência Social.
- Impostos sociais: COFINS, CSLL, CPMF.
- Principal fonte: desconto em folha do INSS.
- Não vai dinheiro para saúde, apenas previdência.
- “O financiamento do SUS é uma responsabilidade comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
- EC 29 (2000) => LEI 141 (2012) => EC 86 (2015)
- União: 15% da receita vai para a Saúde.
- Estados: 12%.
- Municípios: 15%.
- Seis blocos de recursos
- Atenção básica: PAB fixo e variável.
- MAC: média e alta complexidade – SAMU, UPA, transplante, diálise, pesquisas.
- Vigilância da saúde: epidemiológica / ambiental / sanitária.
- Ações farmacêuticas: medicamentos fornecidos pelo governo.
- Gestão
- Investimentos em saúde