Pediatria – Infecção trato urinário (ITU)
Infecção trato urinário -> risco hipertensão e insuficiência renal crônica
- Epidemiologia
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- < 1 a -> mais prevalente em meninos (4X) – única fase da vida
- > 1 a -> mais prevalente em meninas (10X)
- Definições:
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- Pielonefrite – principal preocupação é insuficiência renal
- Cistite -> infecção mucosa bexiga, tratar pelo risco de ascender até o rim
- Etiologia:
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- E. coli -> mais comum
- Meninos:
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- proteus = E.coli
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- ptoreus coloniza prepucio -> urease alcaliniza urina e facilita formação de cálculos
- Enterococos
- gram +
- outros gram negativos e positivos
- Staphylococus sprophyticus (Coagulase negativo) -> Nelson é patogênico (tratar)
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- maioria dos outros livros Coagulase negativo deve-se desprezar
- Saprophyticus = tratar para prova
- Vírus = adenovírus (pode causar cistite hemorrágica, porém causa mais comum de hemorrágica é E. coli)
- Etiopatogenia Cistite
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- Urina residual
- Bactérias no períneo e prepúcio -> E. coli (fímbria P – antigeno/grupo P sanguineo)
- Comprimento uretra
- Picos incidencia:
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- < 1 ano (meninos)
- 2-3 anos (controle esfincteriano) – urina residual (associado à constipação) fluxo turbilhonado da urina
- Meninas adolescentes (inicio atividade sexual)
- Associado à constipação (translocação?)
- Etiopatogenia da Pielonefrite
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- raro Via sistêmica (RN)
- Principal é ascendente
- Fator de risco principal – refluxo vesico ureteral (1% população apresenta)
- Pielonefrite – 50% pacientes apresentam refluxo
- Refluxo é assintomático
- Se pielonefrite é obrigatório investigar refluxo
- Implantação oblíqua ureter -> túnel submucoso (comprimido durante micção)
- 1% população apresenta implantação perpendicular (não oblíqua) -> refluxo vesico ureteral -> pielonefrite de repetição
- Após 5 anos não há mais refluxo (reverte após 5 anos pela migração intrapélvica da bexiga)
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- cura completa
- cura com cicatriz renal focal (50% casos) -> risco elevado de HAS e IRC no adulto principalmente
- Autossômico dominante
- Sintomatologia: menor idade mais inespecíficos são as manifestações
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- < 2 anos: só febre sem foco (investigar urina), manifestações inespecíficas (icterícia RN, diarréia, náusea, etc)
- > 2 anos: manifestações mais específicas:
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- dor abdominal, disúria (dor ou dificuldade de urinar), urgência, polaciúria(frequente e poucas quantidade), incontinência, urina turva e fétida
- Diagnóstico:
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- Bioquímica
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- esterase leucocitária (leucócitos = piócito = piúria na sedimentoscopia)
- Nitrito (crônico – bacteriúria no sedimento)
- Globina (Hb ou Globina)
- Sedimentoscopia
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- piúria +5leucócitos/campo no centrifugado e +10 se não centrifugado
- bacteriúria
- Hematúria (geralmente microscópica somente)
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- Hematúria macroscópica – pensar em sangramento de outra causa
- Urinocultura (é diagnóstico)
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- controle esfíncter
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- jato médio >100.000 UFC/mL (10 na 5)
- sem controle esfíncter
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- Saco coletor
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- muitro falso positivo, valorizar se negativo
- Nelson – valorizar se > 10 na 5 e sintomas sugestivos
- Cateterismo (não é escolha, p.e. fimose)
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- >50.000 UFC
- Punção suprapúbica
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- mais fácil
- qualquer crescimento se técnica bem aplicada (>1000 UFC/mL)
- Ex.: 5.000 UFC/mL -> depende da coleta pode ser diagnóstico
- Tratamento:
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- Iniciar logo após coleta da urinocultura
- Febre = pielonefrite
- Afebril = cistite
- Cistite – ambulatorial (3-5 dias)
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- SMT + TMP
- Nitrofurantoína
- Pielonefrite (febre)
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- Hospitalar
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- < 1 mês de vida (sempre há critério etário)
- pielonefrite grave (irritabilidade, letargia, não ingere líquido, muitos vômitos, desidratação)
- falha terpêutica (48h sem melhora da febre)
- Ampicilia + gentamicina -> tendência trocar por ceftriaxone(lesão renal da genta) – 10-14 dias
- Se gram positivo na urina = pensar enterococo = resistentes às cefalosporinas (ceftriaxone) – geralmente meninos
- Ambulatorial
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- cefixima (não há no BR)
- ciprofloxacino -> ideal não usar quinolona em menores de 17 anos (lesão cartilagem de crescimento em animais de laboratório)
- AAP – cefalexina, cefuroxima, amixo-clavulanato, SMT-TMP
- Investigação RVU – Indicações
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- 1º episódio de pielonefrite (febre)
- USG rins e vias urinárias – não faz diagnóstico de refluxo, demonstra dilatação renais, ureteres, pelve = sinais indiretos de refluxo de risco
- Nelson – 2º exame quando disponível – Cintilografia com DMSA no 1º episódio – diagnóstico de certeza para pielonefrites (positivo em 50% no primeiro episódio)
- Se USG e Cintilo normal – acabou investigação
- Uretrocistografia miccional
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- USG ou DMSA alterados
- após 2º episódio de pielonefrite
- classificação internacional do grau de refluxo (não ve no USG)
- Grau I – refluxo ureteral -> baixo risco (não vê no USG)
- Grau II – sem dilatação pelve -> baixo risco
- Grau III – dilatação pelve renal discreta
- Grau IV – dilatação acentuada pelve renal
- Grau V – tortuosidade ureter (megaureter) – Cx
- Graus III, IV e V – associados à pielonefrite de repetição e USG com dilatações
- Meninos: enterococos e proteus
- RVU
- EAS alterado com piúria -> tratar ITU
Segurança na infância e Adolescência
- 73% internações são por causas externas até 19 anos – quedas é primeira
- Locais: cozinha, banheiro, escada/corredores
- 0-1a – asfixia, sufocações, quedas
- 2-5a – queda, asfixia/sufocação, queimaduras
- >5 anos – quedas, atropelamentos, queimaduras
- Queda: principal causa internação tanto abdominal e fraturas
- Causa morte:
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- acidente de transito (principalmente adolescentes)
- submersão
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- <4 anos
- 15-19 anos – meninos
- Queimaduras
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- álcool líquido
- elétrica
- Transporte:
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- até 1 ano – assento traseiro de costas painel
- até 1,5 anos – assento traseiro de frente painel
- 1-3 anos – reversível de frente painel
- 4-6 anos – assento elevatório com ou sem encosto de frente painel
- 7-12 anos – assento elevatório mais cinto de tres pontas
- < 10 anos banco traseiro
- < 7 anos nunca devem ser transportados motocicleta
- Maus-tratos: pais e familiares são principal
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- fator de risco: diminuição ou perda vínculo afetivo
- hemorragia retiniana – sinais mais comum de sacudir bebe violentamente (shaking baby)
- Negligência – omissão cuidados básicos da criança – maus-tratos mais comum
Neuropediatria
- TDAH -> 666
- Autismo:
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- inicio antes 3 anos + excluir outras causas + prejuízo social + prejuízo comunicação + interesse restrito (com ou sem movimentos estereotipados)
- alterações cerebrais (anatomicas)
- PC
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- lesão primeiro neurônio motor -> 70% forma espástica + outras alterações
- Não agrava ou progride
- Deficit Intelectual (QI após 5 anos)
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- S. down
- Álcool Fetal
- Facomatose (manchas café com leite)
- Sindrome Rett (meninas)
- X-frágil (meninos)
- Malformações fetais
- Erros inatos metabolismo (fenilcetonúria, galactosemia, hipotireoidismo)
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- Vínculo teste pezinho
- fase I – fenilcetonúria + hipotireoidismo congênito
- fase II – fase I + anemia falciforme e outras hemoglobinopatias
- fase III – fase II + fibrose cística
- Estado mal Epilético – emergência
- Convulsão febril
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- familiar, benigno
- pode ser recorrente se < 1 ano
- crises prolongadas devem ser medicadas (maioria não)
- pico 14-18 meses
- Lembrar lactente com febre alta – exantema súbito (Herpes 6 e 7)
- Síndrome de West (espasmos infantis)
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- 4-8 meses
- EEG: hipoarritmias
- TTO: glicocorticóides ou ACTH + Ac. Valpróico se necessário
- Lennox-Gastaurt
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- Clássica
- West é fator de risco
- Deficiencia intelectual + dificil controle medicamentoso + EEG pontas-ondas lentas -> tríade
- TTO: multidrogas (ac. valproico, lamotrigina) e Dieta cetogênica (gordura)
- Crises generalizadas: Ac. Valproico
- Crise ausência típica-> EEC descarga generalizada e sincronica espicula-onda 3 ciclos/s
- Tiques – La tourette
- Terror noturno -> mais comum pré escolar – não lembrar o que aconteceu
Oncopediatria
- 1º Leucemias Agudas (LLA, LMA)
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- S. Down – 400x mais chance LMA e 20X mais chance LLA
- 2º SNC
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- Gliomas – astrocitoma
- Neuroblastoma (meduloblastoma)
- 3º Linfomas ( Burkit, Linfoblastico, grande célula B)
- Sólidos -> SNC e Neuroblastoma
- Massa Abdominal
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- Neuroblastoma – mais comum – atravessa linha média – irregular limites mal definidos – metástases ósseas (principal local) – envolvimento ocular
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- 8% dos tumores infantis
- tumor sólido mais comum fora SNC
- massas com calcificação (abdomem, torax)
- Rx de tórax – mediastino posterior
- Massa abdominal mais comum
- MTx – ossos
- Wilms – nefroblastoma – aniridia – não atravessa linha média – bem definido – nefrectomia radical – boa sobrevida
- Ossos
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- Todas idades mais comum é osteossarcoma
- < 10 anos – Sarcoma de Erwing – Diáfise e ossos chatos – Rx “casca de cebola” – pode ser confundido com osteomielite (labs, febre e clínica)
- > 10 anos – Osteosarcoma (mais comum) – metáfises – Rx “raio de sol”
Emergências Pediatricas
- Cetoacidose diabética – DM1
- Intoxicação
- Convulsão – HGT – O2 – suporte